Belchior, Baltasar e Gaspar, não seriam Reis nem necessariamente três mas sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não se menciona quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos. Talvez fossem astrólogos ou astrónomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus. Assim os Magos sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do cruel Rei Herodes em Jerusalém na Judeia. Perguntaram eles ao Rei sobre a criança. Este disse nada saber. Herodes alarmou-se e, sentindo-se ameaçado, pediu aos Magos que, se o encontrassem, lhe falassem, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de eliminá-lo.
Até que os Magos chegassem ao local onde estava o menino, já se havia passado algum tempo, por causa da distância percorrida, pelo que a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de Janeiro. A estrela precedia os Reis Magos e parou sobre o local onde estava o menino Jesus.
Como se pretendia dizer que representavam os Reis de todo o mundo, representando as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Assim, Melquior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltasar, mirra em reconhecimento da humanidade.
Devemos aos Magos a tradição de trocar presentes no Natal. Dos presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de Janeiro, e os pais muitas vezes se fantasiam de Reis Magos.
A melhor descrição dos Reis Magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata:
“Melquior (Belchior como o conhecemos nos dias de hoje) era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus.
Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio.
Baltasar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.
Quanto a seus nomes:
Gaspar significa “Aquele que vai inspeccionar”;
Melquior quer dizer: “Meu Rei é Luz”;
Baltasar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.
Na antiguidade, o ouro era um presente para um rei, o olíbano (incenso) para um sacerdote, representando a espiritualidade e a mirra, para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade). Durante a Idade Média começa a devoção dos Reis Magos, tendo as suas relíquias sido transladadas no séc. VI desde Constantinopla (Istambul) até Milão. Em 1164, com os três já a serem venerados como santos, estas foram colocadas na catedral de Colónia, em Colónia (Alemanha), onde ainda se encontram.
Em várias partes do mundo, há festas e celebrações em honra dos Reis Magos.
fonte: Wikipédia
Esta, como tantas datas relacionadas com o nascimento, a vida e a morte de Jesus, são discutidas e discutíveis. Contudo, é a 6 de Janeiro que se encerram, tradicionalmente, os festejos da quadra natalícia de que, pessoalmente, tanto gosto.
Uma boa altura para reler aquele poema tão original de Miguel Torga sobre o Rei Herodes, "o tal das tranças" que foi metido no inferno "só porque ele não gostava de crianças".
ResponderEliminarO poema chama-se "História Antiga"...e é esta a sua 1ª estrofe:
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
Abraço
Querida Tité
ResponderEliminarGostei e aprendi muito com este post. Também eu fui hoje deixar as Boas festas no meu blog!
tal como expresso lá , espero que eles no tragam alegria para o coração e esperança no futuro.
Beijinhos. Vou prá quinta!!!
Rosa do Vento que Sopra...
ResponderEliminarcoisas boas para os meus ouvidos.
Já vou procurar o poema do Miguel Torga autor que muito aprecio pelo seu historial de humanista. A 1ª estrofe é aliciante.
Pó de Estrelas
Estás a compreender agora porque não aderi ao convite de tantas amigas Facebookólicas?
Roubar-me-ia tanto tempo ao meu amigável convívio blogoesférico que teria que me afastar daqui e francamente não gostaria.
Já vou ao teu cantinho.
Bom Dia de Reis para as minhas amigas.
Vou beber o meu café com uma fatia de Bolo Rei em vossa intenção.
Mais uma achega para a "história" dos Reis Magos, vale sempre a pena conhecer as várias versões.
ResponderEliminarAbracinho
E vivam os Reis Magos...
ResponderEliminarBeijos e Bom Ano....
Adorei este post sobre os Reis Magos.
ResponderEliminarTinha pensado fazer um, mas a mudança do layout do blog embaralhou-me toda.
Ainda bem que fizeste. Bem interessante.
Beijinhos
Esqueceu-se dos Gays Magos dos Gatos Fedorento!(rsrsrs)
ResponderEliminarDe facto, toda a blogoesfera celebrou com maior ou menor destaque o dia de Reis e consequentemente falou-se em Gaspar, Belchior e Baltazar.
ResponderEliminarAs tradições com eles relacionadas são imensas e nem eu esgotei a informação existente sobre os Reis que representaram a humanidade ao seguirem a estrela que os levou ao rei maior da nossa cristandade.
Agora, como é óbvio, amigo Carlos-danado-para-a-brincadeira que nem me passou pela cabeça falar sobre os Gays Magos dos Gato Fedorento apesar de lhes ter achado imensa piada. Só que aqui... não se enquadram rsrsrs
Que continue a Festa da Vida que essa é a certeza maior que temos até partirmos para outras paragens.