"Caro Paulo Núncio: queria apenas avisar que, se por acaso, algum senhor da Autoridade Tributária e Aduaneira tentar «fiscalizar-me» à saída de uma loja, um café, um restaurante ou um bordel (quando forem legalizados) com o simpático objectivo de ver se eu pedi factura das despesas realizadas, lhe responderei que, com pena minha pela evidente má criação, terei de lhe pedir para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a minha detenção por desobediência. Ele, pobre funcionário, não tem culpa nenhuma; mas se a Autoridade Tributária e Aduaneira quiser cruzar informações sobre a vida dos cidadãos, primeiro que verifique se a C. N. de Proteção de Dados já deu o aval, depois que pague pela informação a quem quiser dá-la."
Este post foi publicado no blog A origem das espécies.
O destinatário vem mencionado na carta. O seu signatário é Francisco José Viegas que, à boa maneira nortenha, diz desassombradamente aquilo que todos sentimos mas nem sempre temos coragem para assumir. Com esta expressão bem vernácula, ganhou a minha consideração coisa que já tinha perdido há muito, mesmo antes de ter aceite fazer parte do Governo que afinal, por "razões de saúde", acabou por abandonar. Às vezes precisamos viver as coisas por dentro para perceber o que estamos a defender por pura ignorância, não é Francisco?
PS: Para que conste deixo já aqui "carimbado" que, se for abordada por algum senhor da ATA vou comportar-me igual ou pior do que o FJV.