Foto retirada d'aquiA Comunidade Islâmica de Lisboa ficou «magoada» com as palavras do Cardeal Patriarca de Lisboa, que, na terça-feira à noite, advertiu as jovens portuguesas para o «monte de sarilhos» em que incorrem se se casarem com muçulmanos. Num comunicado enviado para a Agência Lusa, o presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, Abdool Magid Vakil, lembrou as «relações fraternas e cordiais» e o «diálogo frutífero» que existe entre as duas religiões em Portugal, tendo ficado por isso surpreendido com as últimas declarações do Patriarca de Lisboa.
«Ficámos de alguma forma magoados com a escolha das palavras do senhor Patriarca de Lisboa, relativamente à nossa comunidade e ao diálogo que temos procurado com todas as confissões religiosas e, em particular, com as religiões cristãs», lê-se no comunicado.
Para o presidente da Comunidade Islâmica, as palavras do Patriarca são lidas como «uma chamada de atenção para o necessário respeito pelas diferenças» religiosas e conhecimento das outras religiões, para que «qualquer relação seja estável e duradoura».
«O que não será necessariamente uma dificuldade quando estão em causa cidadãos do mesmo país que, embora professando religiões diferentes, partilham da mesma cultura e interagem na mesma sociedade», conclui Abdool Vakil.
No entanto, o presidente da comunidade lamenta que em Portugal exista «ainda uma grande ignorância do outro em relação à religião islâmica».
Pois talvez não ocorram problemas se, como diz Abdool Vakil, cidadãos do mesmo país, embora professando religiões diferentes, partilhem da mesma cultura e interajam na mesma sociedade. O problema é quando isso não acontece e um jovem muçulmano se decide apaixonar e casar com uma ocidental cristã, a leva consigo para a sua terra, para a sua cultura, para os seus costumes. Aí D. José Policarpo tem toda a razão para avisar as jovens não precavidas. Os sarilhos serão tantos que até "Alá terá dificuldade em dar uma ajuda",
Tenho muita pena de neste momento não me lembrar do nome de um filme que vi, em tempos, na televisão portuguesa, com uma história verídica, sobre uma ocidental que se tinha casado com um muçulmano e que mais tarde foi, "apenas", visitar a família do seu marido à sua terra natal. Para de lá voltar, ao fim de alguns anos, teve tantos problemas que, nem o corpo diplomático do seu país conseguiu mover as montanhas necessárias para conseguir trazê-la de novo à sua terra de origem e, quando isso aconteceu, teve que abdicar do seu filho que ficou com a família do seu marido que, entretanto, também foi obrigado, pela família, a desistir dela.
Sou católica-cristã, não praticante de ir à missa todos os Domingos. Admiro a nossa religião por ser tão tolerante.
Não considero nem de perto nem de longe que este aviso tenha algo a ver com intolerância da parte de tão alto dignitário da nossa Comunidade Religiosa.
Medo, isso sim, tenho de religiões como a muçulmana que reprime as mulheres há séculos e não consegue evoluir nem um pouco no mundo em que vivemos, ao ponto de as considerar seres de 2ª que devem obediência cega aos homens pela hierarquia que se inicia no Pai, passando pelo Marido, quando casada, ou nos Irmãos ou Tios na ausência dos dois primeiros.
Não deixo de respeitar qualquer religião, que não a minha, mas concordo que o líder da minha Igreja faça um aviso às moças casadoiras do meus país no sentido de que pensem duas vezes antes de se meterem em enormes sarilhos ao decidirem casar com jovens de cultura "rígida" como a muçulmana.