sábado, 19 de janeiro de 2013

O valor das mães


Em véspera de completar 86 anos, decidi aproveitar um dos mais bonitos textos sobre educação familiar que já li, que acabei de receber por mail, para homenagear a minha Mãe a quem agradeço tudo o que sou.

Leitura obrigatória para nós pais e, principalmente, para os filhos.


Um jovem de nível académico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.

Passou a primeira entrevista e o director fez-lhe a última, tomando a última decisão.

O director descobriu, através do currículo, que as suas realizações académicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um só ano em que não tivesse sido classificado com a nota máxima.

O director perguntou: "Teve alguma bolsa na escola?"

O jovem respondeu: "Nenhuma".

- Foi o seu pai quem pagou as suas propinas?

- O meu pai faleceu quando eu tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as mensalidades.

- Onde trabalha a sua mãe?

- A minha mãe lava roupa.

O director pediu que o jovem lhe mostrasse as mãos. O jovem mostrou as suas mãos macias e perfeitas.

- Alguma vez ajudou a sua mãe a lavar roupa?

- Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu.

- Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltar para casa, lave as mãos da sua mãe e depois venha ver-me amanhã de manhã.

O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa pediu, feliz, à mãe que o deixasse limpar as suas mãos.
A mãe achou estranho, estava feliz, mas com um misto de sentimentos e mostrou as mãos ao filho.
O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia.
Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas e que tinham demasiadas contusões.
Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando lhas limpava com a água.
Esta era a primeira vez que o jovem percebia que estas mãos que lavavam roupa todos os dias lhe tinham pago as propinas.
As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, a excelência académica e o seu futuro.
Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas por ela.
Nessa noite mãe e filho falaram por bastante tempo.

Na manhã seguinte o jovem foi ao gabinete do director.

O director percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou: "Diga-me, o que fez e que aprendeu ontem em sua casa?"

- Eu lavei as mãos da minha mãe e ainda acabei de lavar a roupa que faltava.

- Por favor, diga-me o que sentiu.

- Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe não haveria um eu com êxito hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e a dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e o valor de uma relação familiar.

- Isso é o que eu procuro num gerente. Quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objectivo na vida. Está contratado.

Desde aí, o jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e em equipa. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.

Uma criança que seja protegida e que habitualmente tenha tudo o que quiser se desenvolverá mentalmente e sempre se colocará em primeiro. Ignorará os esforços dos seus pais e quando começar a trabalhar assumirá que todas as pessoas devem ouvi-la, e se se tornar gerente nunca saberá o sofrimento dos seus empregados e sempre culpará os outros.

Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um tempo, mas que eventualmente não sintam a sensação de objetivo atingido, sempre irão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais.

Se formos esse tipo de pais, estaremos realmente a mostrar amor ou a destruir o nosso filho?

Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão numa grande TV-plasma.

Mas quando for cortar a relva, por favor, deixe-o experimentar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente consigo ou com os irmãos. Deixe-o guardar os brinquedos e fazer a cama.

Isto não é por não ter dinheiro para contratar uma empregada, mas por querer amá-lo e ensiná-lo como deve de ser.

Quer que ele entenda que não interessa se os pais são ricos ou não, pois um dia ele irá envelhecer, tal como a mãe daquele jovem.

A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim?


A minha Mãe ficou. Obrigada pelo sacrifício e parabéns pelos teus 86 anos já bastante baralhados.

PS - Desconheço a autoria deste maravilhoso texto

6 comentários:

  1. Parabéns à mãe e à filha!
    Um texto interessante embora muito moralista! :-))
    Penso que sempre compreendi o trabalho dos meus pais para nós, eu e a minha irmã, progredirmos mais do que eles, do ponto de vista académico e penso que também transmiti esses valores aos meus filhos!


    Abraço

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  2. Parabéns às duas senhoras (duas mães)!
    O texto transcrito já o conhecia, faz um alerta e bem, aos filhos que andam muito "distraídos", mas é demasiado "alongado" e, tal como a Rosa dos Ventos diz, é muito moralista.
    Mas reli-o com atenção:):):)É uma bonita homenagem!
    Abracinho meu!

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  3. O texto é belíssimo e sem o pôr em causa devo acrescentar que também é muito importante, uma mãe "aprender" a dizer NÂO ao seu filho !
    NÃO,... é talvez a palavra mais difícil, mas a mais importante ( e educadora) para dizer a um filho !

    Beijinho às duas avós e às duas mães !!! rsrs ... Sim, porque vocês valem por quatro !!! :))
    .

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  4. Amiga Tite, acho que é sina andar sempre atrasada por aqui, mais uma vez peço desculpa.
    Um texto maravilhoso que contem tantas verdades, nem todas segui com a educação dos meus filhos, poupei-os demais.
    Felizmente também acaricio ainda as mãos da minha mãe, tem 83 anos.
    Muitos parabéns para a sua querida mãe. Desejo-lhe muitos anos com saúde.

    beijinhos ás duas.

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  5. Obrigada a todos os meus amigos e avanço que a Mamazoca produziu-se a sério para a celebração do aniversário e parecia bem mais nova.

    Se for para melhorar que Deus a conserve pois que o sofrimento da vida longa já é bastante nos dias que correm.
    Para dizer a verdade nem eu tenho desejos de chegar tão longe dadas as circunstâncias financeiras vividas pelo país e pelo Governo que nos (des)governa.

    Abraços

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  6. Olá Tite...voltei à blogosfera...:)
    Amei este texto, porque de facto há muitos por aí que nunca precisaram de lutar pelo que têm, porque houve sempre alguém que lhes desse tudo ou quase. Não me posso queixar porque os meus pais deram-me tudo aquilo de que realmente precisava e ainda hoje estando já a trabalhar há alguns anos ainda me dão, mas sempre que quis algo extra tive de trabalhar por isso. Desde nova que trabalhei nas férias para poder comprar uma ou outra extravagância ou até para ajudar a comprar uma ou outra necessidade. E hoje reconheço que isso me ajudou no meu crescimento. :)
    Beijinho e fico à espera que me visites no meu espaço. :)

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